Bate e Volta Copacabana | longa-metragem | ficção
Direção Juliana Antunes
Produção Marcella Jacques
Paulinha (17) vive na periferia de Belo Horizonte e não conhece o mar. Ela é apaixonada desde a infância por Gabi (18), sua vizinha no bairro. Michele (19) é foragida e está dando um tempo na casa de Paulinha, depois que brigou com a ex-namorada.
Quando Paulinha descobre que Gabi vai fazer uma excursão "bate e volta" para a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ela convence Michele a assaltarem um taxista para bancar a viagem. Bem-sucedidas, a dupla também embarca no ônibus de excursão, empolgadas em conhecer o mar e Paulinha sonhando em finalmente ter uma chance com Gabi, que para seu desespero, começa a flertar com Michele. Quando a tensão sexual entre as duas chega ao limite durante a viagem, Paulinha já não consegue impedir o romance. Desolada, ela sai sozinha e se perde no labirinto de uma favela carioca. Quando o trio finalmente se reencontra, o dia já virou noite, o ônibus já partiu e elas tem que dar um jeito de voltar pra casa juntas e sem dinheiro.
BATE E VOLTA COPACABANA foi eleito melhor projeto nos labs: Brasil CineMundi (2017), Lobo Lab (Argentina/2017), BrLab (2019) e selecionado para o lab Porto Iracema das Artes com tutoria Karim Aïnouz e equipe. Obra contemplada pelo Edital BRDE/FSA “Arranjos Regionais – Projetos de Longa'' e com apoio da Globo Filmes.
Welles na Terra do Silêncio | longa-metragem | documentário
Direção Laura Godoy
Produção Marcella Jacques
Em 1942, o cineasta americano Orson Welles esteve no Brasil para filmar It’s All True. Registros esparsos apontam para a possibilidade da filmagem ter ido além do Ceará e do Rio de Janeiro: Welles teria passado também por Ouro Preto. Porém, esse fato nunca foi comprovado, já que o filme se tornou um enigma inacabado, fragmentado em arquivos perdidos.
Verdade ou lenda? Welles esteve ou não em Minas Gerais?
Nos últimos dez anos, Laura pesquisou acervos no Brasil e nos Estados Unidos para encontrar as várias peças desse quebra-cabeça wellesiano. Só assim foi possível recriar o que se passou entre Ouro Preto, o governo Vargas, Hollywood, um dos personagens mais complexos da história do cinema e sua equipe naquela Semana Santa de 1942.
Obra ganhadora do Edital de Desenvolvimento da Codemge/MG 2017 e contemplada no Edital BRDE/FSA “BH nas Telas”.
Cartoleiras | longa-metragem | documentário
Direção Juliana Antunes
Produção Laura Godoy
Glauça Pinheiro, 60 anos, é uma cearense radicada em Belo Horizonte desde os anos 70. Proprietária do Cantinho da Glau, um pequeno bar localizado na zona leste da capital, a ex-jogadora de futebol mantém o seu reduto como ponto de encontro de amigas de longa data. Antes, elas dividiam espaço no campo. Agora, na terceira idade, assistem juntas aos jogos do Brasileirão e competem no aplicativo Cartola.
Obra selecionada no Edital de Desenvolvimento BRDE/FSA “BH nas Telas”.
Orquestra Vazia | longa metragem | animação stop-motion
Direção Maria Leite
Produção Marcella Jacques
Orquestra Vazia é um drama psicológico escondido em camadas de mistério, que narra a história de Jana, jovem empresária e dona de um hotel, que vê sua rotina transformada a partir do surgimento de estranhos ruídos no hotel, mas que não consegue identificar de onde vêm. O filme começa dando pistas falsas ao espectador, até que a aparente normalidade se desmorona em memórias dolorosas que Jana tem que elaborar. Apenas no final o espectador se dá conta que, na verdade, o Hotel é uma alegoria do mundo interior de Jana, e que todas as personagens são múltiplos dela mesma, lidando com as memórias que vieram à tona.
Obra ganhadora do Edital de Desenvolvimento da Codemge/MG 2017 e Prêmio CTAv - 13º CineMundi (2022).
Pavilhão das Sereias
série em animação stop-motion | 7 episódios | 10min
Direção Maria Leite
Produção Marcella Jacques
Pavilhão das Sereias é uma série de animação que conta histórias do Pavilhão LGBTQI+ de uma penitenciária masculina. A partir dos desenhos que Tiffany, a travesti tatuadora mais requisitada da prisão, inscreve na pele de suas companheiras de cárcere, conhecemos as trajetórias dos presos e presas, e também a situação tensa que elas vivem no sistema prisional. O desenvolvimento do roteiro é baseado na pesquisa de doutorado da antropóloga Vanessa Sander, que realizou uma longa etnografia Ala LGBTQI+ de uma Penitenciária masculina em Belo Horizonte, entre 2015 e 2019.